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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Salário do judiciário é de outro universo

Era uma vez, em um lugar muito distante, havia um universo iluminado por sóis finitos, e num dado universo havia um pequeno povoado de planetas ao redor de um sol de quinta, dos quais um era o predileto de um Deus meio confuso que gosta de testar suas criaturas, chamado Javé. Nesse planeta há muitas diferenças. Há muita pobreza e muita riqueza, e contra toda a pobreza existe a riqueza e contra toda a riqueza não há quase nada.

Nesse planeta há um país com brasa, suor e muita dor. Nele há uma grande população que aprendeu a maquiar suas dores com máscaras de palhaços e que sorriem alto pra não ouvirem seus gritos de desespero interiores.

Lá há uma forma diferente de império em que não há somente um Senhor, e sim alguns imperadores que repartem a estrutura do poder entre eles e chamam seus vassalos de povo. Conseguem se manter no poder com apoio dos próprios vassalos, que colocam seus imperadores no poder. Com esse engodo se sentem ingenuamente no poder também, mas não usufruem das muitas riquezas do Reino. Ao contrário, são vassalos que recebem migalhas periódicas e caixas de maquiagem pra palhaço em domicílio gratuita e diariamente.

Os imperadores desse Reino dividem-se na tarefa de estabelecer, executar e julgar as regras. Quem executa precisa de quem propõe e esses dois precisam de quem julga, porque as regras que estipulam e/ou executam não são cumpridas por quase nem um desses imperadores, por isso precisam fazer agrados para a última linha do império, que é quem julga as leis.

Os julgadores das leis, inclusive, não são escolhidos pelos vassalos e sim por quem executa, e nessa sacanagem que recebe o nome de república, os juízes tem que ganhar melhor, porque estudaram pra livrar seus colegas imperadores das frias.

Recentemente esses juízes ganharam um aumento que os vassalos nunca podem receber, pra não quebrar o tesouro do império, mas para os julgadores há de se dar um jeito sempre. Pra que os julgadores não precisem ser justos, e para que quem executa e decide as leis continuem obedecendo apenas suas próprias regras, essa palhaçada apelidada de democracia precisa continuar sendo engraçada aos vassalos. E quando ela deixar de ser engraçada, os juízes estarão lá para sempre defender as engrenagens do Império e condenar a vassalagem.

Como seria viver num lugar desses?

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